terça-feira, 6 de julho de 2010

Casamento de Fachada

De 1 a 31 de julho, vamos refletir sobre o tema do Casamento de Fachada.


A pergunta chave é:  


Será que vale a pena continuar vivendo  um casamento de fachada,quando a afetividade e o desejo sexual não existem mais?


O depoimento da participante portuguesa de Lisboa,  pode nos ajudar a refletir esta questão chave.

Sou de Lisboa, tenho 49 anos e um casamento de 27 anos, em Junho de 2008 por minha inicitativa tivemos uma conversa sobre o nosso casamento, aí ambos afirmamos não estarmos bem, por iniciativa dele passamos a dormir em quartos separados,isto durou um ano, sem brigas sem discussões como sempre aconteceu.


Ao fim de um ano eu decidi, tenho de acabar com este casamento de fachada, dificil muito dificil, muito sofrimento mas prossegui em frente e como ele não quiz deixar a casa, eu aluguei uma casa muito inferior á que sempre vivi e deixei tudo, a maior dor foi a minha filha com 20 anos de idade que decidiu ficar com o pai.

Mesmo assim não desisti prossegui...não existem palavras para tamanha dor...Vai fazer um ano que estou só... muito só mesmo, cada dia é uma apredizagem e todos os dias acordo tendo a certeza que o amanhã será melhor e tem sido.

Acredito em mim, na minha capacidade de trabalho, claro que me faz falta ter amigos/as afinal vivi um casamento em que não era feliz em que me sentia só, com os meus niveis de auto-estima a degradarem-se dia a dia... porque será que tive um enfarte com 43 anos?

Hoje sou uma nova mulher, em que tento encontar em mim mesma toda a vitalidade para recomeçar todos os dias, não conto com ninguém, embora adorasse ter amigos/as com quem sair,  mas continuo a trabalhar muito (por minha conta).

O proximo passo a tomar reorganizar-me no meu trabalho de forma a ter mais tempo para mim, nomeadamente viajar.

Para já muito brevemente vou inscrever-me numa escola para aperfeiçoar o meu inglês, estou a pensar retomar a faculdade.
A quem tem casamentos infelizes,disso tem consciência, e nada faz vai morrendo lentamente;

Mas mudar os costumes de tantos anos requer muita força de vontade e estar preparado/a que não vai encontrar a felicidade de imediato.


A felicidade também tem o seu custo, viver só requer de nós muita coragem ...mas eu prefiro a solidão sózinha do que a solidão acompanhada.