quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CINQUENTA TONS DE CINZA-REFLEXÃO CRÍTICA

PARABÉNS AOS PARTICIPANTES DO BLOG DO DR FRANCHICO NO DIA 26 DE DEZEMBRO DE 2012,  COMPLETOU TRÊS ANOS DE EXISTÊNCIA VIRTUAL.

NESTE TRÊS ANOS DE EXISTÊNCIA VIRTUAL O BLOG DO DR FRANCHICO CONTRIBUIU DENTRO DE UMA VISÃO  EXISTENCIALISTA POR INTERMÉDIO DE DEPOIMENTOS ANÔNIMOS DOS PARTICIPANTES, NA ATITUDE REFLEXIVA DE COMO SABER LIDAR COM OS ENCONTROS E DESENCONTROS DA VIDA AFETIVA-SEXUAL ENTRE MULHERES E HOMENS NO MUNDO GLOBALIZADO ATUAL.

VAMOS REFLETIR SOBRE A TRILOGIA DO ROMANCE ERÓTICO DA AUTORA BRITÂNICA ERIKA LEONARD JAMES (E.L.JAMES) INTITULADA:

NO PRIMEIRO VOLUME: CINQUENTA TONS DE CINZA (FIFTY SHADES OF GREY), 

NO SEGUNDO VOLUME: CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS (FIFTY SHADES DARKER);

NO TERCEIRO VOLUME: CINQUENTA TONS DE LIBERDADE (FIFTY SHADES FREED).

SINOPSE DO LIVRO: CINQUENTA TONS DE CINZA

O romance Cinquenta Tons de Cinza  retrata Anastasia Steele, uma universitária( virgem) de 21 anos da Faculdade de Literatura que, após entrevistar Christian Grey para o jornal da faculdade, passa a ter um relacionamento com o magnata.

A trama se desenrola na cidade de  Seattle, Estado de  Washington nos Estados Unidos da América do Norte. em meio ao luxo a Anastasia é iniciada  por meio de Christian Grey no mundo do sadomasoquismo.

Anastasia se torna escrava sexual de Grey, com ricos detalhes de bondage, sadismo e masoquismo (BDSM).
 PERGUNTA CHAVE:
NO MUNDO GLOBALIZADO ONDE  AS MULHERES DO MUNDO OCIDENTAL CONQUISTARAM SUA EMANCIPAÇÃO JURIDICO-POLÍTICO E ECONÔMICA, POR QUE AINDA OS FETICHES DAS PRATICAS SADOMASOQUISTAS (BDSM) FAZEM TANTO SUCESSO COMO NO CASO DO LIVRO CINQUENTA TONS DE CINZA?

PARA AJUDAR A RESPOSTA ESTA PERGUNTA NA FORMA DE UMA REFLEXÃO CRÍTICA SEGUE ABAIXO O RESUMO DA REPORTAGEM  DA JORNALISTA DANIELLE BARG.



REFLEXAO CRÍTICA SOBRE O LIVRO:  CINQUENTA TONS DE CINZA

A prática do sadomasoquismo depende de duas pessoas: um sádico, que sente prazer ao ver o outro sofrer, e um masoquista, que gosta de sentir dor.
 “O sadomasoquismo representa o casal, composto por um sádico, que gosta de provocar sofrimento; e um masoquista, que desfruta do prazer de sentir a dor. Um masoquista não vive sem um sádico e vice-versa.

Este tipo de comportamento sexual vem à tona nesta com a chegada ao Brasil do livro Cinquenta Tons de Cinza (editora Intrínseca), da autora inglesa Erika Leonard James. Definido por muitos veículos como um “pornô para as mulheres”, o título se tornou um enorme sucesso de vendas com um enredo que gira em torno do relacionamento da jovem e virgem Anastasia Steele, e Christian Grey, bilionário que propõe que ela seja sua escrava sexual. Ela aceita, e as páginas discorrem sobre o jogo de poder e submissão que resulta dessa parceria.

O  sadomasoquismo existe em diferentes graus, e pode estar presente mesmo sem todo o estereótipo que cerca a prática. “Às vezes o casal não é sadomasoquista na cama, mas, na atitude, como aquele homem que só pensa nele, não quer fazer uma preliminar, quer ser o dominante. Eu creio que este tipo de enredo encanta muito porque existe um grau de sadismo em muitas relações”.

Carinho na Vida, Tapinha na cama.

Andar com salto agulha em cima do corpo do parceiro, provocar queimaduras, amarrar, vendar os olhos, e até mesmo argolas para amarrar os mamilos, o pênis ou o clitóris e puxar.  Essas são algumas das práticas que os casais sadomasoquistas gostam de fazer na cama. Entre os objetos preferidos estão roupas de couro bem coladas, pois definem o corpo, tachas pontiagudas, algemas, bandagens, vela, chinelos, cordas, cadeados, fitas adesivas, chicotes, roupas de couro e de metal. 

Com tanta “violência” na cama, fica difícil acreditar que este casal consiga afastar a agressividade do convívio diário. No entanto,  eles só entrarão em conflito quando não há concordância entre as práticas.  “Se um dos dois não está gostando muito do que está vivenciando na cama, eles vão acabar brigando em algum momento. Mas se ambos gostam da agressividade, dificilmente ela vai para a vida fora do sexo, pois se é gostoso e bom, está tudo certo”.

A busca de limites também é feita em dupla, cada casal cria suas próprias regras. O único entrave é quando um não dos dois não é adepto das preferências. “Se uma prática não é a preferida, não será usada no relacionamento, pois seria uma violência contra o outro, e isto está fora das possibilidades eróticas”.

Quando o sádico encontra o masoquista, as chances de o relacionamento sexual dar certo são grandes. “Se o casal está bem com isso, não existem problemas. Pode parecer estranho para quem está de fora, mas cada um sabe o seu próprio limite. É um relacionamento como qualquer outro, só que não tem nem frutinhas, nem rosinhas, só algemas e chicotes”.
  
Danielle Barg
Jornalista