segunda-feira, 15 de março de 2010

MOVIMENTO FEMINISTA E A LUTA DIREITOS FEMININOS

De 15 até 31 de Março- Mês das Mulheres:   O movimento feminista e a Luta pelos Direitos Femininos


Pergunta Chave:  


A luta pelos Direitos humanos das Mulheres foi uma conquista do movimento feminista e/ou simplesmente uma consequência do desenvolvimento da globalização capitalista?


Segue abaixo o histórico do movimento feminista e sua luta pelos direitos femininos que pode ajudar a refletir sobre as pergunta chave.
Nascido no bojo de uma reação coletiva contra a misoginia (aversão ao feminino) e a opressão histórica para com as mulheres.


o Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta direitos equânimes e uma vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero. 


Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pela igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses.

De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". 


A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade.

A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.

O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.

Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte.

No entanto, desde pelo menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas dos Estados Unidos, mulheres de outras raças propuseram formas alternativas de feminismo.

Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos, e o colapso do colonialismo europeu na África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático

Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e no Terceiro Mundo propuseram feminismos "pós-coloniais" nas quais algumas postulantes, como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntrico.  Feministas negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.

Desde a década de 1980, as feministas standpoint argumentaram que o feminismo deveria examinar como a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização.

No fim da década e início da década seguinte as feministas ditas pós-modernas argumentaram que os papeis sociais dos gêneros seriam construídos socialmente, e que seria impossível generalizar as experiências das mulheres por todas as suas culturas e histórias.

AS  3 Ondas do feminsmo
Feministas e acadêmicos dividiram a história do movimento em três "ondas". A primeira onda se refere principalmente ao sufrágio feminino, movimentos do século XIX e início do XX preocupados principalmente com o direito da mulher ao voto. A segunda onda se refere às ideias e ações associadas com os movimentos de liberação feminina iniciados na década de 1960, que lutavam pela igualdade legal e social para as mulheres. A terceira onda seria uma continuação - e, segundo alguns autores, uma reação às suas falhas - da segunda onda, iniciada na década de 1990.

Primeira onda
A primeira onda do feminismo se refere a um período extenso de atividade feminista ocorrido durante o século XIX e fim do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. 

No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar principalmente na conquista de poder político, especialmente o direito ao sufrágio por parte das mulheres. Ainda assim, feministas como Voltairine de Cleyre e Margaret Sanger já faziam campanhas pelos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos das mulheres nesta época.

Louise Weiss, juntamente com outras suffragettes parisienses em 1935; a manchete do jornal diz "A FRANCESA DEVE VOTAR."
No Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, as suffragettes e, talvez de maneira ainda mais eficiente, as sufragistas, fizeram campanha pelo voto da mulher.
Em 1918 o Representation of the People Act foi aprovado, concedendo o voto às mulheres acima de 30 anos de idade que possuíssem uma ou mais casas. Em 1928 este direito foi estendido a todas as mulheres acima de vinte e um anos de idade.

Nos Estados Unidos, líderes deste movimento incluíram Lucretia Mott, Lucy Stone, Elizabeth Cady Stanton e Susan B. Anthony, que haviam todas lutado pela abolição da escravidão antes de defender o direito das mulheres ao voto; todas eram influenciadas profundamente pelo pensamento quaker

A primeira onda do feminismo, nos Estados Unidos, envolveu uma ampla variedade de mulheres; algumas, como Frances Willard, pertenciam a grupos cristãos como a Woman's Christian Temperance Union; outras, como Matilda Joslyn Gage, eram mais radicais, e se expressavam dentro da National Woman Suffrage Association, ou de maneira independente. 

O fim da primeira onda do feminismo nos EUA é considerado como tendo terminado com a aprovação da 19ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, de 1919, que concedeu a mulher o direito ao voto em todos os estados.

O termo primeira onda foi cunhado em retrospecto, depois que o termo feminismo de segunda onda começou a ser usado para descrever um movimento feminista mais novo, que focalizava tanto no combate às desigualdades sociais e culturais quanto às políticas.
A primeira onda de feministas, ao contrário da segunda, preocupou-se muito pouco com a questão do aborto; no geral, eram contrárias ao conceito. 

Embora nunca tenha se casado, Anthony publicou seus pontos de vista sobre o casamento, sustentando que uma mulher deveria poder recusar-se a fazer sexo com seu marido; a mulher americana não tinha, então, qualquer recurso legal contra o estupro por seu próprio marido

Primordial, em sua opinião, era conceder a mulher o direito ao seu próprio corpo, que ela via como um elemento essencial na prevenção de gravidezes indesejadas, através do uso de abstinência como método contraceptivo.

Escreveu sobre o assunto em seu jornal, The Revolution, em 1869, argumentando que, em vez de meramente tentar aprovar uma lei contra o aborto, sua causa principal deveria também ser abordada. A simples aprovação de uma lei anti-aborto seria "apenas cortar o topo da erva daninha, enquanto sua raiz permanece."

Segunda onda
Segunda onda do feminismo se refere a um período da atividade feminista que teria começado no início da década de 1960 e durado até o fim da década de 1980

A acadêmica Imelda Whelehan sugere que a segunda onda teria sido uma continuação da fase anterior do feminismo, que envolveu as suffragettes do Reino Unido e Estados Unidos.
 A segunda onda feminista continuou a existir deste então, e coexistiu com o que é chamado de terceira onda; a estudiosa Estelle Freedman agrupa a primeira e a segunda onda do feminismo, afirmando que a primeira teria tido o foco em direitos como o sufrágio, enquanto a segunda se preocupava principalmente com questões de igualdade e o fim da discriminação.
A ativista e autora feminista Carol Hanisch cunhou o slogan "O pessoal é político", que se tornou sinônimo desta segunda onda. 

As feministas de segunda onda viam as desigualdades culturais e políticas das mulheres como ligadas inexoravelmente, e encorajavam ativamente as mulheres a compreenderem aspectos de suas vidas pessoas como sendo profundamente politizados, e refletindo as estruturas de poder sexistas.

Women's Liberation nos EUA
A frase "Women's Liberation" ("Liberação das Mulheres") foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1964, e apareceu pela primeira vez impressa em 1966.
 Em 1968, embora o termo Women’s Liberation Front (Frente de Liberação das Mulheres) já tivesse aparecido na revista Ramparts, passou a se referir a todo o movimento feminista.

 Protestos feministas, o concurso Miss America e a queima de sutiãs também ficaram associados ao movimento, embora a real dimensão das queimas de sutiãs seja motivo de controvérsias.
Uma das críticas mais contundentes do movimento de liberação feminina é a intelectual afro-americana Gloria Jean Watkins (que usa o pseudônimo "bell hooks"), que argumenta que este movimento teria passado por cima das divisões de raça e classe, e, assim, não conseguia atingir "as questões que dividiam as mulheres", salientando também a falta de vozes minoritárias no movimento, em seu livro Feminist theory from margin to center (1984).

A Mística Feminina

O livro A Mística Feminina (The Feminine Mystique, 1963), de Betty Friedan, criticava a ideia de que as mulheres poderiam encontrar satisfação apenas através da criação dos filhos e das atividades do lar. De acordo com o obituário de Friedan no New York Times, A Mística Feminina teria "colocado fogo no movimento feminista contemporâneo, em 1963, e, como resultado, transformado permanentemente o tecido social dos Estados Unidos e dos países ao redor do mundo", e "é amplamente conceituado como um dos livros de não-ficção mais influentes do século XX."

No livro, Friedan levanta a hipótese de que as mulheres seriam vítimas de um sistema falso de crenças que exige que elas encontrem identidade e significado em suas vidas através de seus maridos e filhos; este sistema faz com que a mulher perca completamente a sua identidade para a de sua família.
Friedan especificamente localiza este sistema nas comunidades suburbanas de classe média pós-Segunda Guerra Mundial; ao mesmo tempo, o boom econômico pós-guerra nos Estados Unidos levou ao desenvolvimento de novas tecnologias que tornaram o trabalho das donas-de-casa menos difícil, mas que frequentemente tinham o resultado de tornar o trabalho das mulheres menos significante e menos valorizado.

Terceira onda
A terceira onda do feminismo começou no início da década de 1990, como um resposta às supostas falhas da segunda onda, e também como uma retaliação a iniciativas e movimentos criados pela segunda onda. O feminismo da terceira onda visa desafiar ou evitar aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas pela segunda onda que colocaria ênfase demais nas experiências das mulheres brancas de classe média-alta.
Uma interpretação pós-estruturalista do gênero e da sexualidade é central à maior parte da ideologia da terceira onda. As feministas da terceira onda frequentemente enfatizam a "micropolítica", e desafiam os paradigmas da segunda onda sobre o que é e o que não é bom para as mulheres.

 A terceira onda teve sua origem no meio da década de 1980; líderes feministas com raízes na segunda onda, como Gloria Anzaldua, bell hooks, Chela Sandoval, Cherrie Moraga, Audre Lorde, Maxine Hong Kingston, e diversas outras feministas negras, procuraram negociar um espaço dentro da esfera feminista para a consideração de subjetividades relacionadas à raça.

Third-wave feminism also contains internal debates between difference feminists such as the psychologist Carol Gilligan (who believes that there are important differences between the sexes) and those who believe that there are no inherent differences between the sexes and contend that gender roles are due to social conditioning.

Pós-feminismo
O termo pós-feminismo descreve uma série de pontos de vista em reação ao feminismo. Embora não cheguem a ser "anti-feministas", as pós-feministas acreditam que as mulheres atingiram as metas da segunda onda, ao mesmo tempo em que são críticas das metas da terceira onda do feminismo. 

O termo foi usado pela primeira vez na década de 1980, para descrever uma reação contra essa segunda onda, e atualmente é usado como rótulo para diversas teorias que analisam de maneira crítica os discursos feministas anteriores, e incluem desafios às ideias da segunda onda. Other post-feminists say that feminism is no longer relevant to today's society.

 A historiadora da arte Amelia Jones escreveu que os textos pós-feministas surgidos nas décadas de 80 e 90 retratavam a segunda onda do feminismo como uma entidade monolítica, usando generalizações em suas críticas um dos primeiros usos do termo foi no artigo de 1982 de Susan Bolotin, "Voices of the Post-Feminist Generation" ("Vozes da geração pós-feminista"), publicada na New York Times Magazine

Este artigo foi baseado numa série de entrevistas com mulheres que concordavam em grande parte com as metas do feminismo, porém não se identificavam como feministas.] Feministas contemporâneas, como Katha Pollitt ou Nadine Strossen, consideram que o feminismo simplesmente afirma que "mulheres são pessoas". Pontos de vista que separam os sexos, em vez de uni-los, são considerados por estas autoras como sexistas, e não feministas.

Em seu livro Backlash: The Undeclared War Against American Women, Susan Faludi argumenta que uma reação contra a segunda onda do feminismo na década de 1980 conseguiu redefinir com sucesso o feminismo através de seus próprios termos; colocou o movimento de liberação feminina como fonte de muitos dos problemas que estariam supostamente afligindo as mulheres no fim da década de 80 - problemas estes que, segundo ela, seriam ilusórios, criados pela mídia sem qualquer evidência substancial. 

De acordo com ela, este tipo de reação é uma tendência histórica, que ocorre sempre que parece que as mulheres obtiveram ganhos substanciais em seus esforços para obter direitos iguais.

Segunda a acadêmica britânica Angela McRobbie, adicionar o prefixo "pós-" a feminismo mina todos os avanços que o feminismo fez na conquista da igualdade para todos, incluindo as mulheres. "Pós-feminismo" daria a impressão de que esta igualdade já teria sido atingida, e que as feministas agora poderiam dedicar-se a metas diferentes. McRobbie acredita que o pós-feminismo pode ser visto mais claramente nos produtos supostamente feministas da mídia, tais como filmes e séries como Bridget Jones's Diary, Sex and the City e Ally McBeal

Personagens femininas como Bridget Jones e Carrie Bradshaw alegam serem liberadas, e gozam claramente de sua sexualidade, porém estão constantemente à procura do homem que fará tudo valer a pena.

Feminismo francês
O termo feminismo francês se refere a um ramo do feminismo que teria a partir de um grupo de estudiosos franceses, da década de 1970 à de 1990. 

O feminismo francês, comparado ao anglófono, se destaca por uma abordagem mais filosófica e literária, e seus escritos tendem a ser efusivos e metafóricas, menos preocupados com a doutrina política, e geralmente mais focados nas teorias "do corpo".

O termo inclui autores que não são necessariamente franceses, mas que trabalharam substancialmente na França ou na tradição francesa, tais como Julia Kristeva e Bracha Ettinger.

A escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir escreveu romances, monografias sobre filosofia, política e questões sociais, ensaios, biografias e uma autobiografia, e é conhecida atualmente por seus romances metafísicos, incluindo 

Ela Veio Para Ficar e Os Mandarins, e por sua obra O Segundo Sexo, de 1949, uma análise detalhada da opressão sofrida pela mulher e um tratado com as fundações do feminismo contemporâneo.

O livro estabelece um existencialismo feminista, que determina uma revolução moral. Como existencialista, aceitou o preceito de Jean-Paul Sartre de que "a existência precede a essência" e, portanto, "não se nasce uma mulher, torna-se uma". 

Sua análise se concentra na construção social da Mulher como o Outro, que ela identifica como sendo fundamental à opressão da mulher.

Um de seus argumentos é o de que as mulheres teriam sido consideradas, ao longo da história, como anormais e transviadas, e sustenta que até mesmo Mary Wollstonecraft considerava os homens como o ideal ao qual as mulheres deviam aspirar; para o feminismo seguir adiante, segundo ela, esta atitude deveria ser abandonada.

Na década de 70 as feministas francesas abordaram o feminismo com o conceito de écriture féminine, que pode ser traduzido como "escrita feminina".

Segundo Helene Cixous a escrita e a filosofia seriam falocêntricas, e, juntamente com outras feministas francesas como Luce Irigaray, enfatizou a "escrita do corpo" como um exercício subversivo.

 O trabalho da filósofa e psicanalista feminista Julia Kristeva influenciou a teoria feminista em geral, em especial a crítica literária feminista, e, a partir da década de 1980, o trabalho da artista e psicanalista Bracha Ettinger influenciou a crítica literária, história da arte e a teoria cinemática.
No entanto, como a acadêmica Elizabeth Wright apontou, "nenhuma destas feministas francesas se alinha com o movimento feminista tal como ele aparecia no mundo angló

Escolas teóricas

A teoria feminista é uma extensão do feminismo para os campos teóricos ou filosóficos, e abrange obras numa série de disciplinas, que incluem a antropologia, a sociologia, economia, estudos femininos, crítica literária, história da arte, psicanálise e filosofia.

A teoria feminista tem como meta compreender a desigualdade entre os sexos, e mantém o seu foco nas políticas relacionadas aos sexos, às relações de poder e à sexualidade. 

Ao mesmo tempo em que fornece uma crítica destas relações sociais e políticas, a maior parte da teoria feminista visa a promoção dos interesses e direitos das mulheres. 

Entre os temas explorados pela teoria feminista estão a discriminação, estereotipagem, objetualização (especialmente a objetualização sexual), opressão e o patriarcado.

A feminista e crítica literária americana Elaine Showalter descreve o desenvolvimento em fases da teoria feminista; ela chama a primeira fase de "crítica feminista", na qual a leitora feminista examina as ideologias por trás dos fenômenos literários; a segunda ela chama de "ginocrítica", na qual a "mulher é a produtora de signifcado textual", incluindo "a psicodinâmica da criativdade feminina, a linguística e o problema de uma língua feminina, a trajetória da historia e da carreira literária feminina, individual ou coletiva."

A última fase é chamada por ela de "teoria do gênero", na qual a "inscrição ideológica e os efeitos literários do sistema de sexo/gêneros" são explorados.

A acadêmica Toril Moi criticou este modelo, que viu como um modelo essencialista e determinista para a subjetividade feminina, que não consegue levar em conta a situação das mulheres fora do Ocidente

11 comentários:

  1. NOME: TATIANE
    PROCEDÊNCIA: Rio de Janeiro/RJ

    Parabéns pelo histórico que fizeram sobre as lutas feministas. Legal encontrar alguma coisa sobre o feminismo francês: Kristeva, Beauvoir.
    Agora, se "A luta pelos Direitos humanos das Mulheres foi uma conquista do movimento feminista e/ou simplesmente uma consequência do desenvolvimento da globalização capitalista?" é uma questão difícil de responder.
    Vamos apostar em Sartre, "a existência precede a essência". A mulher é digamos assim, uma obra em construção. Vamos ver no que é que vai dar.

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  2. NICK: ROSIE COTTON
    Procedência: Hobbitown

    Olha, não dá prá separar o feminismo da globalização, tudo tem que ser contextualizado.

    Senti falta da Olympe de Gouges no histórico apresentado pelo blog.

    assinado: Rosie Cotton (em dia de pouca reflexão, as vezes as mulheres precisam de tempo prá outras coisas - chorar sem pensar, cumprir obrigações maquinalmente - montes de coisas, mas, principalmente sentir saudade de sua aldeiazinha rural).

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  3. Nick: LISIEL
    Procedência: Florianópolis

    Já não sei mais onde li (mas tenho certeza que foi neste blog) alguem se indagando sobre quem estaria mais amparada, a embaixatriz ou a embaixadora. Também não lembro quem comentou, mas gostaria de dizer que isso tem muito a ver com as conquistas feministas. A embaixatriz continua com tudo. Pelo menos ela existe e é super frequente.

    Ora, a maioria dessas conquistas foram "tiros nos pés" como já são mundialmente conhecidas.Eu diria mais, foram tiros em outras partes, com maior letalidade.

    Fazer o que agora, né? A igualdade já nos ferrou. Quem sabe qualquer hora dessas chega a equidade.

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  4. Nome: Isabel
    Procedência: Região Tramontina/Portugal

    Já nos basta de globalização. Gostava que tudo voltasse para a Era Medieval. Estou até a adotar uma mãe compatível com este tipo de vida. Não é feminista, mas é eficiente. É uma senhora simples, por isso não faz os outros chorarem, sofrerem. E não importa que não seja feminina, é gente. Melhor que muita feminista falsificada que finge dar conta da vida de intelectual e da vida caseira e vive precisando da ajuda de quem a possa vender-lhe ou fornecer-lhe.

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  5. Muito bom mesmo o histórico sobre o feminismo.
    Tudo que é polêmico nos leva a bolar maneiras de melhorar a vida. Estou postando neste blog prá lembrar que amanhã é o dia da água, já tivemos o da mulher, agora temos o da água.
    Daí, mulherada, feministas ou não, cuidem dela!

    Anônimo de Andradina/SP

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  6. NICK: Luluzinha
    Cidade: Londrina/PR

    Feminismo e globalização andam juntos.
    Mas a coisa mais importante no mundo de hoje, se quisermos chegar a algum lugar é a VERDADE. Com ela pode se conseguir até avaliar melhor e chegar até a mulher no mundo oriental.

    A verdade tanto para coisas mais simples como para coisas mais complicadas deixa o mundo mais simples e justo.

    É uma pena que os dados fornecidos no mundo globalizado nem sempre sejam fidedignos e também que nem todas as premissas das feministas sejam verdadeiras.

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  7. Penso que o feminismo e resultado da lutas das mulheres para se mostrar presente, muitas das lutas teve mulheres que relmente lutava por direito iguais e nunca esquecendo que cada qual tem seu perfil, mas a luta tambem veio demonstrando a falhas, mulheres nao podia mostra sua fraquezas ou suas emoçoes, no seculo 18 era considerada fraca se mostrasse suas emoçoes, entao foi se tornando um pouco autoritaria demais a defesa das mulheres que queria igualdades.Bem a luta por igualdade salarial, empregos sempre teremos que continuar lutando, pq o mundo ainda deixa as mulheres de lado, mas lutando sim sempre lembrando que somos mulheres e temos nossa propria essencia e podermos lutar sem perder a forma de ser, a luta e pela igualdade de empregos, estudos , bem estar e nao perde a essencia de amar e viver. S omos mulheres e a luta faz parte da nossa vida.jane bsb

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  8. O desenvolvimento da globalização capitalista chegou a bloquear as conquistas feministas, lendo a 'Mística Feminina' de Betty Friedan se entende bem isso. E pensando em todas aquelas imagens de mães zelosas e donas de casa cuidadosas, a gente nota que o que elas eram mesmo é compradoras de produtos que as permitissem desempenhar tudo isso com "perfeição" (máquinas de lavar roupa, batedeiras etc.). Isso, naquela época: anos 50, 60 e começo dos 70 do século passado.


    O que me preocupa é que as conquistas de hoje podem também refletir uma coisa parecida. A mulher está sexualmente liberada, é independente, só não é bonita se não quiser, ou seja, tem que ficar sempre se dando um trato geral e comprando, comprando, comprando. Nada aumenta tanto o consumismo hoje em dia quanto esse "trato geral" que as mulheres se dão - perfumes, cosméticos, tratamentos médicos etc. - e para consumir assim as mulheres têm que ter dinheiro, ou seja, ou elas trabalham para isso ou têm um homem provedor que as banca. Trabalho-consumo, trabalho-consumo, trabalho-consumo: A ECONOMIA CRESCE. Não é isto que o capitalismo neoliberal quer? Olha, o capitalismo já inventou coisas impressionantes, entre elas, até o amor. Não há como saber em que meandros vivemos. Acho que agora já estamos muito enroladas (os).

    CPM Cosmopolita

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  9. Só por curiosidade

    Ontem comentei neste blog sobre os produtos das décadas de 50, 60 e começo dos anos 70 (séc. XX), que na verdade, eram consumidos, comprados, no afã de fazer a mulher realizar com "perfeição" seus trabalhos domésticos e, portanto, sustentar o papel de mãe e esposa zelosa (mais tempo para cuidar dos filhos, para dar suporte ao marido em sua vida social etc).



    O curioso, é que hoje me deparei com uma matéria que conta como, atualmente, uma moça de 20 anos curte esses "gadgets". Ela coleciona objetos vintage das décadas de 40, 50 e 60 do século passado, consegue fazer disso um negócio e junto com o namorado. Ela é um ser perfeitamente diferente, perfeitamente lindo e perfeitamente interessante. Um exemplo de como a mulher pode não ser simplesmente uma boba, mas sim construir-se diferentemente e ser muito TOP, sem ter a síndrome da top model.



    A matéria em questão encontra-se na revista '29 Horas' (1 de março a 29 de março) nos Destaques (páginas 62-65) e intitula-se 'O Túnel do Tempo de Thabata'. Vale a pena conferir.



    CPM Cosmopolita

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  10. NICK: ANÔNIMA
    PROCEDÊNCIA: SEM

    A mulher já conquistou muito (com muita dor, luta e sofrimento) e sei que vai conquistar muito mais, mas espero que as conquistas não as tornem aquilo que os homens são hoje.

    Uma das últimas "preciosidades" que ouvi de um homem, um amigo meu, foi a seguinte:
    "Eu não falo em tática, porque tática é coisa de soldado raso, eu falo em estratégia, porque estratégia é coisa de general."

    Eu, como mulher e como pessoa, falo em cura, porque cura é coisa de ser humano.


    FELICIDADE E PAZ, PARA TODOS, HOMENS OU MULHERES, ESPECIALMENTE PARA AQUELES QUE UM DIA SOFRERAM POR UMA OU MAIS VEZES COM SEUS RELACIONAMENTOS. E QUE A CURA CHEGUE ATÉ ELES EM BREVE. E QUE ELES ABRACEM ESSE PRESENTE QUE O UNIVERSO NOS DEU (A CURA) AO INVÉS DE FICAREM JOGANDO FARPAS PARA TODOS OS LADOS, SEMEANDO ESPINHOS E DESTILANDO VENENO.

    Estes são meus sinceros votos,
    Anônima desimportante.

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  11. PARTICIPANTES DO BLOG

    A LUTA HISTÓRICA PELA CONSTRUÇÃO DOS DIREITOS FEMININOS DESDE DO SÉCULO XIX, PASSANDO PELO SÉCULO XX E CHEGANDO AO SÉCULO XXI, PASSA NECESSARIAMENTE PELA ATUAÇÃO DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS EM SUAS DIVERSAS ONDAS POLÍTICO-CULTURAL EM CADA PERÍODO HISTÓRICO.

    A PRIMEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA TEVE SEU INCIO NO SECULO XIX PASSANDO PELO INICIO DO SECÚLO XX ATÉ APROXIMADAMENTE FINAL DOS ANOS 50 DO SÉCULO XX.
    O FOCO PRINCIPAL DESTA ONDA FOI O DIREITO DO VOTO FEMININO.

    A SEGUNDA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA OCORREU ANOS 60,70 E 80 DO SÉCULO XX. OS FOCOS PRINCIPAIS DESTA ONDA ERA LUTA PELO DIREITO DA SAÚDE FEMININA, SEXUALIDADE FEMININA, DIREITO AO ABORTO, PARTICIPAÇÃO IGUALITÁRIA DO MERCADO DE TRABALHO ETC.

    A TERCEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA SE INICIA NOS ANOS 90 DOS SÉCULO XX E CONTINUA ATÉ NOSSOS DIAS NO SÉCULO XXI.
    O FOCO DESTA ONDA É A A RELATIVAZAÇÃO DA APLICAÇÃO DO PRINCIPIO DA IGUALDADE JURÍDICA ENTRE MULHERES E HOMENS COM RESPEITO AS DIFERENÇAS BIOLÓGICAS, PSICOLÓGICAS, SÓCIAIS, ECONÔMICAS E CULTURAIS.

    ATUALMENTE A MULHER MODERNA BUSCA CONCILIAR A MULTIPLA JORNADA ENTRE A PROFISSÃO E OS DEVERES COM A FAMILIA.

    CABE AO HOMEM BUSCAR TER UMA ATITUDE DE COMPARTILHAMENTO DE TAREFAS FAMILIARES EM RELAÇÃO A SUA ESPOSA E A COMPANHEIRA CONJUGAL.

    ESTES DEVERES DA MULHER NA FAMILIA, TAMBÉM DIZEM RESPEITO AO HOMEM DO SÉCULO XXI, COMO POR EXEMPLO: ORGANIZAÇÃO DAS LIMPEZA DA CASA, EDUCAÇÃO DOS FILHOS, PARTICIPAÇÃO DA REUNIÕES NA ESCOLA DOS PROFESSORES ETC.

    ALÉM DAS TAREFAS FAMILIARES COTIDIANAS, O HOMEM DO SÉCULO XXI, DEVE ESTAR ABERTO PARA APRENDER A OUVIR A SUA ESPOSA E COMPANHEIRA CONJUGAL. OU SEJA DAR ESPAÇO PARA A MULHER POSSA EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS, DESEJOS ETC.

    A UNIÃO DESTES DOIS FATORES COMPARTILHAR AS TAREFAS FAMILIARES E APRENDER A OUVIR OS DESEJOS FEMININOS, PODE MELHORAR A VIDA SEXUAL E CONJUGAL DO CASAL.

    SAUDAÇÕES ECOLÓGICAS

    DR. FRANCHICO
    MEDIADOR EXISTENCIAL FAMILIAR

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