sexta-feira, 14 de maio de 2010

MÃE SOLTEIRA: PROBLEMA OU ESCOLHA DE VIDA?

No segundo domingo do mês de maio,  se comemora o dias das mães., então neste  periodo de 1 até  17 maio, vamos refletir um dos aspectos da maternidade, a opção de ser  da mãe solteira.

A questão chave é: 

Ser mãe solteira no mundo atual globalizado é um problema ou uma escolha de vida? 


O Comentário da terapeuta comportamental Ramy  Arany pode nos ajudar a refletir sobre
esta questão chave.
Muitas mulheres hoje optam pela escolha de serem mães do tipo “produção independente”, assumindo o papel de “mãe” e de “pai” ao mesmo tempo.


Isto está sendo possível de ocorrer com certa frequência, em razão do avanço da medicina reprodutiva, que disponibiliza à mulher a condição de tornar-se mãe através do processo da fecundação assistida, que utiliza de vários métodos e técnicas desenvolvidos pelos cientistas e médicos especializados na área.

Desta forma, hoje é possível escolher o espermatozóide e as características genéticas deste espermatozóide e assim saber antecipadamente quais as tendências físicas que o futuro bebê terá.

Há algum tempo atrás, quando não havia esta oportunidade, muitas mulheres que queriam ser mães independentes, acabavam engravidando intencionalmente pelo método natural, ou seja, através da relação sexual com um homem e, após desapareciam da vida dele, gestando e parindo a criança sozinha ocultando a existência dela.

Hoje, a mulher já não precisa mais fazer este papel de “uso” do homem para fins de engravidar, pois a fecundação assistida é a opção mais lúcida no sentido de não haver envolvimento de espécie alguma e sigilo absoluto sobre a origem do doador do espermatozóide.

Muitas vezes a mulher escolhe esta opção por não ter encontrado um companheiro que desse certo na relação para ser o pai de seu filho; por já se encontrar na idade limite para engravidar e não ter um companheiro; por ter tido alguma decepção amorosa e não querer mais envolvimento com nenhum outro homem; há mulheres que sustentam a idéia de que gravidez independe de relacionamento sexual com homem; em fim, são muitas as razões íntimas que levam uma mulher a esta escolha.

Uma vez tomada a decisão e movidos todos os recursos, a gravidez ocorre e com ela o parto e toda a continuidade da vida em sua existência natural.

O bebê vai crescendo e a mãe cada vez mais vai assumindo todas as responsabilidades e os dois papéis, o de mãe e de pai vão ocorrendo de forma natural.

As mulheres que optam pela produção independente geralmente são mulheres muito fortes e decididas, são de fato muito guerreiras, pois assumem para si o que deveria ser assumido a dois.

Desta forma penso que estas mulheres necessitam se preparar muito para isto e terem bem claro para si mesmas o que significa ser uma mãe por produção independente, todos os prós e todos os contras.

Não é uma situação fácil e requer muita maturidade para exercer sozinha os dois papéis, mesmo que tenham ajuda de parentes, amigos e empregados. Todas as decisões serão sempre da mãe.

Outro ponto muito importante é a questão do que falar à criança sobre a ausência paterna.
Hoje as linhas terapêuticas e profissionais da área da família orientam para que se fale a verdade, como nos casos de adoção, por exemplo, para que a criança conviva naturalmente com a informação e assim vá se conscientizando, como aqui no caso, de que ela tem um pai biológico, que ele é desconhecido e, que isto, foi uma escolha da mãe.

Penso que esta questão de falar a verdade para a criança é parte da escolha de ser uma mãe de produção independente, pois a criança perceberá naturalmente que ela é diferente dos amiguinhos, pois eles têm “um pai” e ela não.

Cabe a mãe orientar seu filho sobre sua verdadeira origem ensinando-o sobre o caminho da individualidade e, sendo sempre verdadeira com ele, assumindo sua escolha sem cair em auto-culpa cada vez que ele tocar no assunto “pai”.

Isto é um ponto “âncora” na relação mãe-filho, pois do contrário ele crescerá e tenderá à cobrança desta situação, culpando a mãe e sua origem pelos seus problemas, inseguranças e auto-rejeição.

As crianças têm a capacidade de nos surpreender positivamente com suas reações; desta forma sendo bem orientada pela mãe e, se necessitar com a ajuda de um suporte terapêutico, com certeza ela crescerá de forma madura e preparada, assumindo sua origem de forma natural numa evolução crescente de acordo com sua idade.

Assim, ela será mais grata pela vida que a mãe pode lhe proporcionar e, certamente, dará muito mais valor aos esforços que ela desempenha na sua dupla jornada de ser mãe e pai ao mesmo tempo.

Ramy  Arany ( Terapeuta Comportamental)

8 comentários:

  1. Bem poderia dizer que hj é facil ser mae, quando nao ha problemas, mas ser mas solteira implicam e muitas coisas nao somente e ter o filho e propocionar uma vida connfortavel, a vida de uma criança está em jogo, a mulher poder fazer o papel de mae e pai, financeiramente, mas sentimentalmente nao, o filho precisa ter a presença do pai, nao quer dizer precisem morar na mesma casa, o pai faz parte da vida de uma criança, nao concordo com produçao indepedente pelo metodo de inseminaçao, ser foi mae solteira porque nao deu certo sentimental , e um estrutura que perecisem ser montada pra dar um suporte pra crinaça, a criança precisam de um pai seja biologico ou nao, e uma questao de encarar a vida naturalmente, mesmo com conversas a criança sentem falta de um pai, hj nao existem mas dialogo, hj as mulheres e homens esytao mas seletivos, indepedentes e nao tem tempo pra familia, a familia e importante, pai e mae é nao podem ser substituido por conversas, uma mulher uqe deseje pensar em produçao indepedente lembra sempre o futuro nao é esse mar de rosas o que os psicologo falam que tudo se ajeitam, nao os traumas sao notada na area adulta, por isso nao concordo, ninguem podem mandar ou interferir na vida de uma criança, quando pequena sim, mas adulta nunca, traumas, dificuldades que muitas vezes gastos com psicologos, por isso a vda se torna mas dificil, pq o ambiente familiar esta mudando e as coisas ficando diferente.CCONCORDO , em uma familia pai e mae. e nao tubos de ensaaio ou pegar qualquer um e pronto, a base de tudo esta na familia, beijos brasilia

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  2. Rosinha Algodão, Cidade dos Hobbits
    Ser mãe solteira por acidente é uma desgraça percebida logo.
    Ser mãe solteira por vontade própria (produção independente) também é uma desgraça, só que, neste caso, é uma desgraça que no começo fica escondida sob a empolgação que motivou o atentado - ter um filho é a única coisa que pode livrar uma mulher da mãe (cortar o fio umbilical); parir é a função da mulher no mundo e sem isso ela não se realiza etc.
    Mas aparece depois, podem crer que aparece.

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  3. Ter filhos solteira ou solteiro, ter filhos em uma família não sintonizada com o que é tido como "normal" pela sociedade só pode ser um problema, se fosse solução, o mundo já estaria todo resolvido.

    Este é o único aspecto da vida em que vale a pena que a pessoa assuma uma posição conservadora, pois envolve uma outra pessoa, que não tem nada a ver com a história - o dito filho!

    Ser filho de um casal convencional já é difícil em qualquer situação, pois envolve o grande problema da relação com a mãe. Imaginem essa dificuldade multiplicada por mil no caso de uma família não convencional.

    Que homenagem e que pergunta chave! Tenham dó. Já é difícil homenagear quando está tudo no limite do certinho.
    Sr. Mediador e colaboradores pergunto, de quem é o interesse de alentar a formação de famílias disfuncionais? Dos psicólogos? Do comércio farmacêutico?
    Não vejo muito mais gente que possa querer fomentar isso.

    CPM Cosmopolita

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  4. Vocês estão loucos? E o filho/a?

    A relação com a mãe já é muito sofrida quando se tem pai e mãe.

    Na condição de mulher, sempre encarei a relação com a mãe como, no mínimo, complicada.
    No meu caso foi complicada. Ela morreu bem velhinha, mas eu preferia que estivesse viva ainda.

    Minha mãe e meu pai faziam um casal perfeito. Meu pai era mais calmo, mais conciliador e gostava muito de mim. O único problema é que eram superprotetores. Eu reclamei bastante por isso, mas acho que reclamaria muito mais se fosse filha de uma mãe só, ou de um pai só.



    Dizem que os meninos são mais mimados pela mãe.
    A maioria dos meus amigos homens se dá bem até demais com a mãe. Tenho um que vive de beijos, abraços e grude com a dele o dia todo; tenho outro, que manda e-mails dirigidos à mãe e eventualmente manda recados para o pai.


    Só tenho um amigo (terapeutizado) que questiona esse "se dar bem". No começo achei estranho. Hoje sei que ele tem razão. Percebi que, no caso dele, ser filho, é padecer no paraíso. Tem horas que deve ser muito bom, mas tem horas que deve ser terrível. Eu até me assusto com a gangorra que, às vezes, se torna montanha russa.

    De acordo com ele, o pai, já falecido, era um excelente pai. Ele se lembra do pai com carinho, orgulho e respeito.
    Imaginem se ele fosse filho de mãe solteira, sem ter essa imagem legal do pai. Com certeza, seria pior.
    Pelo menos uma coisa a gente pode dizer sobre a mãe da gente (é assim, é prá ser e soar redundante mesmo ) - ela é/foi a mulher que o pai da gente escolheu para amar.

    No caso do pai, a gente pode fazer um raciocínio semelhante, mas é importante ressaltar que nem sempre as mulheres podem escolher os homens por livre e espontânea vontade. Fatores externos influem muito.

    Bom, acho que já falei/bloguei demais. Abraços para todo o pessoal do blog. Estou voltando para o hellish paraíso do meu amigo.

    Anonimíssima.

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  5. Renata, Belo horizonte - MG

    Ser mãe solteira não é uma solução e pode ser um problema.
    Falando em problema, solução. e por aí vai, gostaria de chamar atenção para o fato de que o grande problema é que a medicina reprodutiva está muito mais evoluída do que a cabeça das pessoas. Mudanças tecnológicas são mais fáceis do que mudanças sociais.

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  6. Nick: Verô
    Procedência: Belo Horizonte

    Olha, há alguns casos de mãe solteira que são lindos, histórias emocionantes, de pessoas que lutam muito e conseguem dar conta do recado. Não acho que ser mãe solteira seja exatamente um problema, mas também não é a solução.

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  7. Existe mãe casada?
    Existe mãe divorciada?
    Existe mãe viúva?
    O que existe é MÃE!
    O resto é estado civil imposto por lei!

    Que título horrível esse de "mãe solteira" imposto às mulheres que possuem o estado civil... solteira!!!

    Pior ainda é esse título ser abordado num blog como esse, que quer tratar de assuntos em defesa da mulher! Que defesa, hein??? Que ótica machista!!!

    Tratar sobre esse assunto de "mãe solteira" em pleno século XXI é um tanto quanto preconceituoso, ultrapassado, machista e com uma abordagem de mal gosto!

    MÃE --> condição de toda fêmea que ovula, possui óvulos férteis e útero e trompas sadios.
    SOLTEIRA --> estado civil de imposição legal.
    CASADA --> estado civil de imposição legal, mediante assinatura de um contrato entre duas partes - geralmente uma feminina e outra masculina.
    PAI --> condição de todo macho que possui espermatozóides férteis.

    Então por que essa denominação de "mãe solteira"??? Que coisa mais ultrapassada e baixa! Essa é uma expressão reproduzida da época de minha tetravó!!!

    Ser mãe e pai??? Isso não existe! A não ser que o ser seja hermafrodita e consiga autofecundar-se.

    Sou mãe porque sou uma fêmea com órgãos anexos maduros e saudáveis.

    Sou solteira porque assim a lei determina a todos aqueles que não possuem contrato de casamento, nem de desquite e nem de divórcio; mesmo que eu viva em comunhão com uma pessoa há mais de 15 anos!

    Não estou no papel de mãe e pai ao mesmo tempo! Estou somente na condição de mãe.

    Que tal escrever sobre um tema que realmente seja de interesse do público feminino e sob a ótica desse público? Não foi para isso que esse blog foi criado?

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  8. PARTICIPANTES DO BLOG

    Ao se tratar da questão da mãe solteira dentro da dinâmica da globalização, pode parecer para o senso comum das pessoas, uma questão ultrapassada, uma atitude machista, um questão de menor importância.

    De acordo como censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatististica (IBGE), 1/3 das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres,enquanto que 27,4% são mães solteiras com idades entre 15 e 19 anos.

    Com base nestes dados acima mencionados, tratar do tema da mãe solteira, não é uma questão machista ou feminista, mas sim, buscar entender este tema como um problema ou como uma escolha de vida, tornou-se fundamental no mundo de hoje, particularmente no Brasil.

    Do ponto de vista interdisciplinar, se a mulher possuir independência econômica, e pretende não ficar presa a vínculos afetivos com homens para ter ou educar seus filhos; neste caso ela tem a possibilidade de ser mãe solteira por escolha consciente.

    Entretanto, se a mulher for menor de idade ou não tiver condições econômicas de se auto sustentar, então neste caso, ser mãe solteira se torna um grande problema.

    Saudações Ecológicas
    Dr.Franchico
    Mediador Existencial

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