quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Primeiro Aniversário do Blog- do Dr Franchico: Encontros e Desencontros da Vida Amorosa.

Neste dia 26 de dezembro de 2010, o blog do Dr Franchico está completando um ano de existência, com 11.000 vizualizações (onze mil vizualizações de acesso ao blog).  


Agradeço aos participantes  que fizeram comentários ou depoimentos afetivo-sexuais provenientes  de alguns paises de língua portuguesa (Brasil, Portugal, Galiza, Angola, Moçambique, Cabo Verde etc.) e aos participantes que fizeram  visualizações deste blog, provenientes de paises dos cinco continentes do globo terrestre (México, Canada, Estados Unidos, Espanha, Argentina, Paraguay, Uruguay, Costa Rica,  Russia, China, India, Japão, França, Inglaterra, Escócia, Pais de Gales, Irlanda e Irlanda do Norte, Singapura, Australia, Africa do Sul, Congo, Bosnia, Aragón, Catalunya,  Euskal Herria, Occitania, etc). Todas estas contribuições dos participantes colaboraram para o desenvolvimento deste blog de mediação existencial lúdica. 


Dentro do princípio da reciprocidade espero que  o blog do Dr Franchico, tenha contribuido para o crescimento existencial de seus participantes provenientes de várias partes do globo terrestre.


Desejo que o novo ano de 2011, os homens e mulheres de todo o planeta terra, possam cada vez mais descobrir novas pontes de comunicação afetiva-sexual entre si, para que o diálogo multicultural de respeito as diferenças culturais dos seres humanos possam ser uma constante em nosso cotidiano.


Saudações Ecológicas
Dr Franchico
Mediador Existencial


O tema desta data de aniversário 26-12-2010 esta relacionado com o próprio nome do blog, ou seja
Encontros e Desencontros da Vida Amorosa,


A questão chave é:  


Como viver as alegrias e as tristezas, os prazeres e os sofrimentos dos encontros e desencontros da vida amorosa, sem deixar de acreditar na importância do amor e do sexo para realização de nossos sonhos existenciais?


Segue abaixo uma crônica da escritora carioca  Laura Diz, que pode nos ajudar a refletir sobre esta questão chave.
Encontros e Desencontros da vida amorosa.

Vivemos em busca de um encontro, encontro mágico que preencheria o nosso vazio existencial, acabaria com a solidão.

Este encontro encantado não existe, porque cada encontro vem com nossas fantasias, nossos fantasmas, com uma expectativa tão especial que geralmente é frustrada. 

Somos complexos, não somos previsíveis, temos momentos de generosidade, de doação, mas na maior parte do tempo estamos a espera de que o outro nos dê aquilo que desejamos, sem que o outro saiba o que desejamos, e nem mesmo nós, na maioria das vezes, sabemos o que esperamos do nosso parceiro a não ser amor incondicional. 

Os encontros amorosos acontecem quando imaginamos que o outro vai suprir nossas expectativas, quando acreditamos que o parceiro é como nós, quando estamos identificados com este outro, que ainda nem conhecemos.

Quando percebemos no outro coisas que não gostamos acreditamos que ele poderá mudar, a mudança mágica para sermos felizes para sempre. Na entrega amorosa acreditamos ser um em dois. 

Neste momento muitas vezes estamos apaixonados pela paixão, pelo estar apaixonado, com toda a adrenalina que este momento traz.

É uma viagem maravilhosa e assustadora, cheia de ansiedades e alegrias, onde o medo de perder o objeto amado se faz constante.
 
Este encanto se quebrará em algum momento, pode ser um gesto bobo, uma escolha “brega”, uma palavra mal colocada, uma sujeirinha no antes belo sorriso, uma descoberta qualquer que não se encaixa naquilo que esperávamos do ser amado. 

Algumas pessoas, mais que outras, entram em pânico diante de incertezas, ficam dominadas pelo ciúme.

Aqui entram os fantasmas de cada um. Se você experimentou abandono viverá a espera de um novo abandono, não haverá amante amantíssimo que te deixe seguro. Você perdeu lá atrás.

Estará à espera de um reconhecimento, que faltou quando era bebê. 

A paixão, o estar apaixonado se quebrou mas há afeto, há amor.
 
Por que diferenciamos paixão de amor? 



O amor seria mais generoso, mais tolerante, cúmplice. Quando amamos vemos no outro imperfeições, mas mesmo assim sentimos afeto por ele, algumas imperfeições te comovem e te fazem transbordar de afeto.

Lembro de um casal de atores famosos franceses, Yves Montand e Simone Signoret, ele dizendo que quando a via colocando os óculos, depois dos 50 anos, se enchia de afeto. 

Mas na maioria dos casais existe muita intolerância, cobrança, muita culpa jogada no outro pela própria infelicidade.

Quando isto acontece é hora de parar e repensar a relação, pensar o que esta relação significa? O que esta pessoa representa?

Temos medo de mudar, medo do novo, medo de falar de assuntos delicados, de mágoas, e não percebemos que estes sentimentos vão alimentando o rancor, nos distanciando de quem amamos e nos adoecendo.
 
Na década de 70, no auge do amor livre e de liberdade sexual, as pessoas passaram a viver, algumas vezes, de forma promíscua, digo no sentido de que tudo é válido, tudo deve ser dito, confessado, discordo, nem tudo deve ser dito, por que contar para o parceiro uma fantasia sexual, por exemplo?

Este comportamento acabou gerando casais que se propunham “modernos” mas que na realidade estavam confusos, quanto ao comportamento.

Tudo pode? Não. Então por que não guardar as fantasias? Afinal é o que temos de mais intimo. 

Atualmente, temos disponível uma quantidade enorme de livros, que se propõem a ensinar casais a se relacionarem, fomos todos bombardeados por manuais, vídeos sobre sexo, como dar prazer, como obter prazer.

Isto trouxe mais informações, coisa que não havia antes, mas também um nível de exigência muito grande, não basta um orgasmo, é preciso ser múltiplo, é preciso saber onde é o ponto G.

Sabemos que isto tudo é irrelevante numa relação amorosa, pois cada casal tem uma
química própria, não existem regras na verdade. Não sabemos o que se passa entre um casal na intimidade. 

A paixão é virtual e o amor seria virtual, também?

e os amores aqui na internet seriam sempre virtuais?

O mundo real é muito diferente do mundo criado pela mídia e pelo nosso imaginário.

Vivemos com nossas imperfeições os nossos encontros e desencontro da vida amorosa.
 
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, como diz o poeta cantor Caetano Veloso.

LAURA DIZ 
Escritora Carioca

13 comentários:

  1. Em primeiro lugar Parabéns pelo aniversário do blog! Neste ano de existência tenho certeza de que ele foi muito construtivo, inspirou muita gente, ajudou muita gente a tentar se encontrar. Foi fantástico.

    Agora vamos à pergunta:Como viver as alegrias e as tristezas, os prazeres e os sofrimentos dos encontros e desencontros da vida amorosa, sem deixar de acreditar na importância do amor e do sexo para realização de nossos sonhos existenciais?
    Certamente, aceitando a nossa complexidade, como seres humanos diversos e imperfeitos e sempre procurando soluções na auto-reflexão e no diálogo.

    Obrigada Dr. Franchico e coloboradores.
    Boas Festas e Feliz Ano Novo!

    Morgana, Florianópolis, SC

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  2. Parabéns pelo blog Dr. Franchico! Ele nos proporcionou momentos muito educativos e porque não dizer, divertidos também.
    Foi uma constante interlocução com pessoas brilhantes, dentre as quais, destaco Duda Cechinel.

    Para viver as alegrias e as tristezas, os prazeres e os sofrimentos dos encontros e desencontros da vida amorosa é preciso uma grande dose de auto-aceitação e compreensão do outro.

    Tiniel, Wonderwonderland (Floripa mesmo), SC

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  3. Antes de mais nada, parabéns pelo Aniversário de Um Ano do Blog - Dr Franchico: Encontros e Desencontros da Vida Amorosa.

    Foi um ano muito legal, onde se discutiu coisas muito sérias, sempre com responsabilidade, mas sem deixar de lado as brincadeiras e o caráter otimista do blog.

    As postagens mais visualizadas - "A Esposa Traída pela Prostituição", e "GLBTT - As Múltiplas Faces da Sexualidade Feminina", foram de fato muito interessantes. Mas eu destaco "DIFERENÇAS ENTRE O CAFAJESTE E O CANALHA". Foram criadas novas categorias que merecem ser analisadas além do senso comum.

    Quanto à resposta à pergunta desta quinzena, é simples: tudo pode começar por ler um blog como este e acreditar que a felicidade é possível, e que tudo vai dar certo sempre, de uma forma ou de outra.

    Ana Maria, Florianópolis, Santa Catarina

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  4. A alegria e a dor, os prazeres e o sofrimento são melhor desfrutados ou enfrentados quando se dá o valor real às coisas. O amor romântico não é tudo, o sexo também não é tudo. São só componentes de alguns de nossos momentos felizes.

    Nick: Estrela Brasileira
    Procedência: Milão, Itália (onde vivo sem marido, mas não sou infeliz)

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  5. Como viver as alegrias e as tristezas, os prazeres e os sofrimentos dos encontros e desencontros da vida amorosa, sem deixar de acreditar na importância do amor e do sexo para realização de nossos sonhos existenciais?

    Acho que a melhor maneira de viver as alegrias e as tristezaz, os prazres e os sofrimentos da vida em geral, não apenas da vida amorosa, é não se fixar muito nas coisas, não apostar tudo numa coisa só: tem gente que aposta tudo em conjugalidade (acabam perdendo a individualidade, deixam de saber viver por si só), tem gente que aposta tudo na vida profissional (acabam ficando obsecados), tem gente que aposta tudo apenas em ganhar dinheiro (acabam, às vezes, tão apegados, que não conseguem nem gastá-lo para far mais prazer a si ou aos outros), tem gente que aposta tudo em sexo (acabam com alguma coisa faltando, porque sexo ótimo, mas não é tudo).
    A solução só pode estar no equilíbrio.

    CPM Cosmopolita

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  6. Wow! Um ano do blog! O tempo passa tão rápido! Parabéns Dr. Franchico!

    Penso que hoje em dia temos que segurar a alegria enquanto ela passa e não deixar a esperança morrer de jeito nenhum, isso ajuda a evitar os sofrimentos da vida amorosa, da tão bitolante, mas tão procurada conjugalidade.

    KATARA

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  7. Olha, acho que não há receita para viver as alegrias e as tristezas em nenhum aspecto da vida, no amoroso, pior ainda.
    Mas quem sabe dar uma de Pollyanna ajude: amanhã será sempre melhor que hoje.

    Leilane, Treze Tílias, SC

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  8. A empolgação do Mediador Existencial, Dr. Franchico e as palavras e indagações da escritora carioca, Laura Diz, tocam fundo.

    Mas o problema é que as pessoas não apostam no verdadeiro amor e no sexo para realizar seus sonhos existenciais, elas apostam é no casamento, na conjugalidade. E é aí que a coisa complica.
    Em 1949, Simone de Beauvoir (no vol. 2 de "O Segundo Sexo")já dizia que o casamento é a sobrevivência de costumes defuntos.

    Como as pessoas podem dar conta de viver as suas alegrias e as suas tristezas se fazem a aposta errada?

    Lisiane, Treze Tílias, SC

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  9. Olá!
    Parabéns pelo aniversário do blog!

    Achei a questão proposta muito profunda, tão profunda, que reconheço não ter a vivência necessária para respondê-la. Não é uma questão de conhecimento, é uma questão de sapiência.

    Eu ainda não sei como viver as alegrias e as tristezas de nada, que dirá das relações afetivo-sexuais.

    SOU AUTÊNTICA DEMAIS:
    Quando estou alegre, curto essa alegria (e parece que até esqueço de guardar um pouquinho para outros momentos...);
    Quando estou triste, fico triste e demonstro essa tristeza (o que chateia os outros, pq as pessoas não se aceitam, está todo mundo entrando na da Xuxa, só querem ouvir coisas boas);
    Quando faço sexo, faço sexo mesmo, e curto.
    Quando fiz amor (foi há mais de 10 anos atrás), achei que estava fazendo alguma coisa boa;
    Hoje, não faço mais amor porque acho que isso é teatro. Espero que um dia eu tente de novo. O problema é minha autenticidade.

    E aí senhor mediador existencial, algum conselho?

    Autêntica Demais, Florianópolis, SC

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  10. Nick:Rosinha Algodão
    Procedência:Condado

    Mesmo depois da data certa, parabéns pelo aniversário do blog!

    Aqui na minha vila tudo ia muito bem. Todo mundo achando que se gostar e se amar incondicionalmente era tudo de bom, tudo de certo e tudo de justo na vida.
    Mas apareceu um monge zen budista dizendo que só se é feliz acaitando que o amor não é incondicional. Estamos todos pensando que foi o espírito do Saruman que mandou esse monge.
    Estamos todos quietos, de cabeça baixa e pensando na vida!

    Socorro Dr. Franchico! Dê uma de Gandalf e nos ajude!

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  11. Legal a comemoração do aniversário. Parabéns!

    Como viver alegrias e tristezas? Acreditar em relacionamentos afetivos-sexuais?
    Muito complicado de responder isso.
    Por mais que as pessoas neguem, tudo na vida é um jogo de interesses.
    Nem a amizade é incondicional. Conheço uma pessoa que está derramando rios de lágrimas porque descobriu isto. Pode?
    Não tem jeito, a vida é prá quem sabe jogar, não prá quem sabe gostar.

    Quem fala a verdade, perde até os amigos!

    Lineu Augusto, Treze Tílias, SC

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  12. Rosinha, cai na real!
    Tudo é condicional, até amizade, se conforme com isso e serás feliz. O monge está certo.

    Dejavu, Florianópolis, SC

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  13. SAUDAÇÕES PARTICIPANTES DO DR. FRANCHICO

    QUESTÃO CHAVE DESTA POSTAGEM: Como viver as alegrias e as tristezas, os prazeres e os sofrimentos dos encontros e desencontros da vida amorosa, sem deixar de acreditar na importância do amor e do sexo para realização de nossos sonhos existenciais?

    RESPOSTA REFLEXIVA:

    O AMOR E SEXO NA ESCOLA EXISTENCIAL DA VIDA SÃO DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA, CONFORME ALGUNS AUTORES DEFENDEM.

    ENTÃO, SE EXISTE UM FUNDO DE REALIDADE NESTA HIPOTESE AFIRMADA ACIMA, POR QUE SERÁ QUE AS PESSOAS DEIXAM DE ACREDITAR NOS BENEFICIOS DO AMOR E DO SEXO, DIANTE DAS INCONTÁVEIS DECEPÇÕES, SOFRIMENTOS E TRISTEZAS DOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS?

    AS PESSOAS TRANSFORMARAM O SEXO EM UM OBJETO APENAS DE COMPRA E VENDA NA RELAÇÕES AMOROSAS.

    O AMOR VIROU FONTE DE CONSUMO ATRAVÉS DE FILMES DE COMÉDIAS ROMANTICAS NO TV OU NOS CINEMAS

    ESTE É UM PADRÃO DITADO PELA GLOBALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES AFETIVA-SEXUAIS DO AMERICAN WAY OF LIFE (MODO NORTE AMERICANO DE VIVER EM SOCIEDADE)

    ESTE AMERICAN WAY OF LIFE INDUZ AS PESSOAS ATRAVÉS DA FILMES, NOVELAS, PUBLICIDADE, A ACREDITAR QUE A UNICA COISA REAL NUM RELACIONAMENTO AMOROSO, É AQUILO QUE O DINHEIRO PODE COMPRAR.

    DESSA FORMA PARA ESTE AMOR E SEXO SE TORNAM MERCADORIAS, QUE PODE SER COMPRADAS

    PARA PSICOTERAPEUTA CORPORAL ALEXANDRE LOWEN O SIGNIFICADO PROFUNDO DO SEXO, RESIDE NA SUA BIOENERGIA CRIADORA, ONDE O MESMO QUANDO USADO COMO ENERGIA MOTIVADORA PODE TRAZER INÚMEROS BENEFICIOS SAUDE FISICA E MENTAL

    O AMOR PARA O PSICOTERAPEUTA IÇAMI TIBA O AMOR É NUTRIENTE DO RELACIONAMENTO AMOROSO CONJUGAL A LONGO PRAZO. ONDE O AMOR SE CULTIVA ATRAVÉS DE DIALOGO FRANCO, AMIZADE E RESPEITO E CONFIANÇA MÚTUA ENTRE O CASAL.

    ESTE AMOR É PERCEBIDO PELOS FILHOS, QUE SE SENTEM AMADOS ATRAVÉS DE AMOR SINCERO DE SEUS PAIS. DESSA MANEIRA ESTE AMOR CONJUGAL SE TORNA O VERDADEIRO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO DOS FILHOS ATRAVÉS DAS ATITUDES AMOROSAS DOS PAIS.

    EM RESUMO, O IMPORTANTE É NÃO FICAR PRESO AOS PADRÕES CULTURAIS DO AMERICAN WAY OF LIFE, MAS SIM, TER UMA MENTE E ATITUDES CRIATIVAS PARA CONSTRUIR OU RESGATAR O SIGNFICADO PROFUNDO E REAL DO AMOR E DO SEXO NOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS.

    ABRAÇOS ECOLÓGICOS

    DR. FRANCHICO
    MEDIADOR EXISTENCIAL

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