sábado, 2 de janeiro de 2010

SITUAÇÕES AFETIVAS NÃO RESOLVIDAS

FELIZ ANO DE 2010
VOTOS DE VIDA LONGA COM AMOR-SABEDORIA,
SAÚDE E PROSPERIDADE
PARA OS PARTICIPANTES E COLABORADORES
DO BLOG DO FRANCHICO.

Gostaria de agradecer aos participantes e aos colaboradores, os comentários recebidos sobre  a minha mensagem postada em video documentário Inversão, referente  a primeira semana de existência do Blog do Franchico(do dia 26-Dez-2009 até 01-Jan-2010).

Peço que a partir desta segunda semana de existência deste blog, os comentários e relatos recebidos possam seguir o seguinte modelo.

1) Nick fictício (Nome ou apelido fictício, a fim de manter o anonimato)

2) Procedência de Origem (cidade, estado ou provincia, país onde  reside e/ou nasçeu.)

A aplicação deste modelo tem como objetivo saber donde próvem os comentários e relatos dos participantes do blog.

Este blog, inicialmente busca contemplar nos seus objetivos as demandas existenciais de  todos falantes de língua portuguesa do globo terrestre.

Todavia está aberto, para receber relatos e comentários nas seguintes linguas estrangeiras espanhol, inglês, francês e esperanto.
Os relatos e comentários recebidos nestas línguas estrangeiras serão publicados no original, com tradução simultânea para os participantes de lingua portuguesa, e as observações do mediador existencial do blog serão feitas na lingua estrangeira e portuguesa simultaneamente. 

A questão chave  do tema desta primeira semana do ano de 2010 é: Como gerenciar as situações afetivas não resolvidas?

Vou buscar esboçar algumas reflexões interdisciplinares que podem ajudar na construção das respostas da pergunta chave do tema semanal. 

Atualmente, nos encontramos numa sociedade complexa de um planeta globalizado, onde as pessoas  não tem tempo para refletir sobre suas relações afetivas.

A afetividade passou a ser mais um produto de consumo, vendido nas novelas de TV, nos anuncios publicitários, nos fillmes hollydianos etc.

A afetividade é confundida  com poder de sedução econômica, ou seja, tornar-se um ser afetuoso é ter  muito dinheiro e se mostrar com uma fachada de generosidade, para poder dominar, sutilmente,  as pessoas que lhes são objetos de afeto.

Este modo de agir dominador, que confunde contrução existencial da afetividade, com prostitução do afeto, pode gerar nas pessoas um ciclo vicioso de situações afetivas não resolvidas.

Estas situações afetivas não resolvidas  se manifestam nas relações amorosas entre homens e mulheres nas seguintes dimensões: 

a) dimensão das relações afetivas-sexuais eventuais (vulgo ficar)
  
b) dimensão das relações afetivas-sexuais de médio e/ou longo prazo (namoro, noivado, casamento ou morar juntos sem casar)

c) dimensão afetiva das familias (relações afetivas entre pais e filhos, entre  irmãos e irmãs, parentes etc)

As pessoas reagem a estas situações afetivas não resolvidas de diversas formas:

1)Acomodação existencial (aceitam por tempo indeterminado, o papel de dominador  que compra o "afeto" ou dominado que vende seu "afeto")

2)Rebeldia  sem localização existencial ( vulgo rebelde sem causa, que discorda desta mercantilização da afetividade, mas não localizou as vias de saída, deste crônico circulo vicioso de situações afetivas não resolvidas. Caso este rebelde sem causa, não se localize existencialmente, pode correr o risco de se tornar no futuro próximo, um comprador ou vendedor de ''afeto''

3)Localização Existencial ( é o rebelde sem causa que  começou a se  localizar existencialmente. Neste caso esta pessoa começa a dar os primeiros passos para escolha consciente  do seu parceiro(a)  afetivo-sexual, que lhe proporcione as condições de construção existencial  uma afetividade  compartilhada de forma amorosa, lúdica, verdadeira e prazerosa.






A primeira semana do Ano  dentro do blog vai de 2 até 8 /Jan/2010.
Durante esta semana estejam a vontade para responder a questão chave,  a partir das reflexões interdisciplinares  de Franchico e da narração da vivência do relato afetivo-sexual da semana

Questão chave da Semana:
Como gerenciar as situações afetivas não resolvidas?

RELATO AFETIVO-SEXUAL DA SEMANA

Nick: Patty

Procedência: Curitiba- Estado do Paraná -Brasil.





Chico, meu amigo querido.


Hoje estou aqui não só p... Chico, meu amigo querido.


Hoje estou aqui não só pra te elogiar e desejar a você e a todos os blogueiros um 2010 maravilhoso, mas, para relatar um encontro e desencontro amoroso, esperando a sua opinião e de todos os que quiserem compartilhar.


Eu tive um relacionamento de muitos anos, mais precisamente 8 anos, muitas idas e muitas voltas, sempre fui eu que acabei, sempre foi ele que me pedia pra voltar, entre tantas brigas eu conheci muitos outros homens, não necessariamente tive algum tipo de relacionamento intimo ou sério com nenhum desses homens.


Meu ex ainda me procura com a intenção de volta, mas, eu não consigo ver nem nunca achei que nosso relacionamento fosse dar certo, mesmo tendo amado ele demais.


Hoje estou solteira a quase um ano, já conheci vários homens, muitos se apaixonaram por mim, mas, por melhores que fossem suas intenções eu não consigo me apaixonar nem manter um relacionamento razoável que demonstre algum interesse meu.


Sinto interesse em conhecer outros homens, mas não consigo passar de uma noite, meu interesse morre e não consigo nem fingir que me preocupo com o cara, não peço nem forneço meu número de telefone, passar a noite inteira com o cara me arrepia, se ele me convida pra conhecer a família eu sumo, minhas amigas estão dizendo que estou contaminada pelo vírus masculino da canalhisse.


O que você me diz a esse respeito????
PATTY

9 comentários:

  1. Nick: TINIEL
    Procedência: Florianópolis/SC

    Oi Patty!
    Acho que você não está contaminada pelo vício da canalhice masculina. Acho que você está é bem imunizada com a reponsabilidade feminina.
    Se não sentiu que é o cara certo, indepedentemente do que fez, não assume mesmo. Some!
    Quando surgir aquele cara que vai te arrepiar desde a pontinha dos dedos do pé até os fios do cabelo e te passar CONFIANÇA, você dará a ele bem mais que o telefone e o endereço.
    Good luck!
    TINIEL

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  2. Patty,
    Considero este seu relato normal nos dias de hoje. E me pergunto, será que estes homens que você tem conhecido por "melhores" que pareçam, preenchem suas necessidades interiores de afeto básicas para você se envolver em uma dessas relações para valer?
    Não se culpe. Eu tenho um amor não resolvido e por conta disso não consigo me envolver com mais ninguém também. Estou lutando para sair desta situação.
    Um grande beijo.
    Manu.

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  3. Estava lendo poesias e citações sobre mulheres e achei que essa veio bem a calhar:
    "Há homens que têm patroa.
    Há homens que têm mulher.
    E há mulheres que escolhem o que querem ser."
    Martha Medeiros

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  4. O amadurecimento do nosso comportamento perante as relações nos tornam mais exigente o fazendo com para despertar um interesse verdadeiro o outro tenha que nos mostrar algo diferente daquilo que ja conhecemos e é esse diferencial que vai despertar o desejo e fazer com que nos entreguemos ao novo relacionamento.

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  5. Olá Patyy...

    Acho que vc deve refletir bem sobre os seus sentimentos e se descobrir cada vez mais. Se esta não é a hora, não adianta forçar...qd menos se espera o amor acontece...bjns.Pérola.

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  6. Nick:Tiniel curiosa
    Procedência:Florianópolis/SC

    Franchico, considerando toda a tua formação, gostaria de te fazer umas perguntas. Pode ser que elas tenham mais a ver com a "existência" e não com o "gerenciamento" de situações afetivas não resolvidas. Mas é o seguinte: eu queria saber como fica no caso das top celebrities esse gerenciamento que é muito público. A gente vê coisas assim como a Xuxa e o Zafir que parece a sociedade dos pais da Sasha, a Angélica e o Luciano Huck que têm o look de casal perfeito e vê também umas coisas bem estrondosas como o Brad Pitt que estava parecendo bem lá com a Jenniffer Aniston e de repente faz um filme com a Angelina Jolie e acaba ficando com ela, o do Mark Anthony que abandonou a esposa porto-riquenha (Dayanara Torres, ex-Miss Universo) com três filhos e se casou com a Jenniffer Lopez, as "trapalhadas" do Michael Douglas antes da Katherine Zetta-Jones, os desacertos de casamentos como os de Tom Cruise e Nicolle Kidman, entre outros. É muito casa-separa, casa-separa, casa-separa como dizia o Jô (de padre) pro Batista (sacristão). Esses desencontros existem porque não há gerenciamento adequado ou porque são provocados? A "prostituição afetiva" desempenha um papel importante nesses casos?
    E o que rola entre os VIPS é muito diferente de quando a mesma coisa rola com o Zé Mané e a Maria da Silva?

    TINIEL

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  7. Ola Tiniel de Floripa

    Grato por sua participação ativa no blog do Franchico

    As tuas perguntas estão ligadas a existência da mercantilização da afetividade dentro do mundo globalizado atual

    No caso das celebridades artísticas, sejam atores da rede globo ou atores hollydianos, a questão da mercantilização do afeto torna-se explícita.

    Em termos gerais, dentro de um olhar interdisciplinar, no meio artístico a afetividade foi confundida com a necessidade da satisfação da carência afetiva através do dinheiro, do sexo, do poder ter status.

    Quando uma celebridade anuncia que está amando e que vai se casar com outra celebridade, a gente pode traduzir isto como, Eu estou com muito tesão (hormônios sexuais em alta) por esta pessoa famosa como eu. Eu estou me casando com ela, para aumentar minha fortuna. Eu terei mais status no mundo artístico, pois estarei mais tempo no holofotes da mídia em todo planeta terra, por mais tempo que as outras celebridades.

    No caso do seu Zé Mané e a dona Maria da Silva, de forma analógica, pode vir ocorrer a atuação dos mesmo fatores bio-culturais mencionados em relação as celebridades, mas em grau diverso de manifestação social.

    Quando o seu Zé Mané diz eu amo e vou me casar com a dona Maria da Silva, leia-se, tô pegando fogo por esta Muié. Vou casá com ela porque ela é bonita, jovem, boa cozinheira e pode dá uma família grande.

    A mercantilização da afetividade é um dos principais fatores geradores das situações afetivas não resolvidas em todas as classes sociais ( ricos e famosos ou pessoas simples do povo)

    Este fenômeno bio-sócio-cultural existe, porque vivemos dentro de um sistema cultural patriarcal machista que se alimenta através das nossas carências afetivas e existenciais.

    Abraços Ecológicos

    Franchico
    Mediador Existencial

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  8. Olá Querido amigo Francisco, primeiro quero parabenizá-lo pelo blog, achei fantástica tua idéia e desejar a todos os teus blogueiros um Ano Novo de muita Sáude, paz e amor.

    Bom quanto ao tema acho que em relação a afetividade hoje em dia as pessoas estão cada vez mais carentes de aféto,companheirismo,como diz, a globalização está incutindo nas mentes que o que realmente importa é o quanto a pessoa tem e não o quanto vale de caráter pessoal.
    Tenho visto, em minhas coversas com amigos virtuais, onde, muitas vezes sou consideráda uma pessoa dita "diferente", pois ainda acredito nas pessoas como seres humanos que são, e de certa forma isso assusta, afinal, hoje em dia ter uma conversa com alguém seja virtual ou pessoalmente e não se insinuar não está dentro dos padrões de hoje, tudo bem, sempre digo, que ao menos tenho conseguido fazer algumas amizades com conteúdo, pois acho que um relacionamento seja ele qual for tem que haver respeito, amizade, cumplicidade.
    Sou o tipo que ainda acredita no olho no olho,na parceria, na conversa.
    As pessoas estão cada vez mais carentes e perdidas, muitas vezes, estão implorando por um pouco de aféto, mas com esse comércio afetivo acabam ficando cada vez mais sós e carentes.
    Espero que possa ser de alguma ajuda. Abraços a todos.
    Francisco querido, quero um parecer teu ok.

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  9. Ola amiga

    Leonor do Rio Grande do Sul

    Concordo contigo, realmente a mercantilização do afeto tornou-se um lugar comum no mundo globalizado atual.

    Cabe a cada um de nós buscar a valorização da afetividade do nosso Ser Existencial, em vez de viver no ciclo vicioso das situações afetivas não resolvidas da comercialização do afeto.

    Beijos Ecológicos

    Franchico
    Mediador Existencial

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